Gamificação corporativa: videogame vs equipes gamificadas

Gamificação corporativa

Gamificação corporativa ainda é um assunto relativamente novo. Por isso, muitas pessoas não sabem o que é gamificação e claro, podem acabar confundindo a sua aplicação com o videogame. 

Entretanto, apesar de ambos prezam pela diversão, um é entretenimento, enquanto o outro visa ensinar algo para utilizar na prática pelos usuários. 

Pensando nisso e, com o objetivo de desmistificar esses conceitos, neste post apresentaremos tudo o que precisa saber sobre ambos os conceitos. 

Além disso, abordaremos detalhes de quais são as principais diferenças de ambos os conceitos. 

Vamos lá? 

O que é gamificação? 

A gamificação é um método que tem como foco ajudar as empresas a se engajar mais e motivar a sua equipe, além de oferecer outras maneiras práticas de utilização, como você pode ver clicando aqui. (colocar o conteúdo de gamificação e gestão de pessoas.) 

De maneira geral, ela é formada por três pilares que, juntos, objetivam criar engajamento, motivação e cultura de alta performance. Os três pilares são os seguintes: 

  • Informar algo;
  • Ensinar algo; 
  • Divertir os participantes. 

Gamificação corporativa

Sim, o foco aqui é criar jogos que vão muito mais além do entretenimento, focando no aprendizado e na aplicabilidade das habilidades aprendidas.

Por isso faz sentido falarmos em gamificação corporativa.  

Uma aplicação muito comum da gamificação corporativa ocorre em treinamentos corporativos, vistos como complexos, pois eles precisam se tornar mais acessíveis e dinâmicos. 

Assim, o processo de aprendizado se torna muito mais fácil e o desenvolvimento das habilidades e aplicação das mesmas no ambiente de trabalho geram melhores resultados. 

Além disso, você pode aplicar a gamificação corporativa nos mais diversos contextos que existem, bastando apenas que as organizações sigam os elementos que tornam a gamificação tão interessante. 

Quais são os elementos da gamificação? 

#1 – Storytelling

O Storytelling é o ato de conseguir contar uma história com o foco em engajar as pessoas que estão lendo ou a assistindo. 

Neste caso, é fundamental que a história crie alguma conexão com as pessoas, além de envolvê-las e fazê-las torcer por um ou mais personagem. 

Trazendo um pouco deste conceito para o mundo da gamificação corporativa, o Storytelling busca contar uma história no jogo para que os usuários se sintam animados por direcionar o avatar, que é o personagem a realização dos seus objetivos. 

É comum, por exemplo, a empresa apresentar seus valores através de um jogo. 

Mas, contar a história da melhor forma, é preciso conhecer as pessoas que irão jogar, como: 

  • Hábitos; 
  • Costumes; 
  • Que tipo de gênero de história eles gostam de ouvir. 

Somente assim, você vai conseguir prender a atenção das pessoas e a partir disso, ajudá-las a desenvolver as habilidades para começar a utilizar, o que pode ser um ótimo pilar de sustenção da gamificação corporativa. 

#2 – Personagem 

Toda história precisa, claro, de um personagem para existir. A ideia central é ter uma representação visual de quem é o representante do contexto. 

Assim, nem sempre você precisa focar em elementos mais estruturados ou utilizar uma coisa simples. A ideia é que o personagem seja visualizado corretamente. 

É interessante que, conforme o personagem vai passando de nível, possa ganhar alguns superpoderes que façam referência ao setor em relação aos colaboradores, tornando a gamificação corporativa mais forte ainda. 

Além de tornar o personagem mais personalizável, esse pode ser um ótimo método para motivar as ações dos colaboradores.  

#3 – Faça progressões

A progressão é essencial para que a aplicação da gamificação corporativa continue engajando os usuários. 

Além disso, ela consegue mostrar, na prática, que dividir uma grande atividade em pequenas tarefas pode fazer todo o sentido. 

Outra ótima vantagem desse elemento é que o colaborador consegue ver o seu próprio progresso e assim, entender se está ou não evoluindo, o tornando ainda mais motivado. 

Quanto mais motivado o usuário estiver, maiores as chances de ele continuar jogando para concluir a atividade. 

Para criar a progressão e tornar isso bem visível aos colaboradores, é possível utilizar itens como: 

  • Barras de evolução; 
  • Circuito de processo; 
  • Etapas numéricas. 

Apesar de variar, o mais importante aqui é que ela seja feita para que essa se torne uma forma simples, mas bem interessante de manter a equipe motivada. 

#4 – Insira desafios em cada fase

O desafio é um dos itens mais importantes para empresas que desejam obter todos os benefícios oferecidos pela gamificação corporativa. 

É justamente o desafio que vai conseguir motivar os colaboradores e fazerem eles se esforçarem ainda mais a cada etapa que passam. 

Além disso, as chances de evoluir e passar de fase vai fazer com que os participantes continuem interessados, além de trazerem novas dinâmicas e conteúdos a cada fase. 

Entretanto, caprichar no desafio não significa que é para exagerar. Portanto, tome cuidado, pois existe uma linha tênue entre motivar o colaborador devido ao desafio ou desanimar, em razão da dificuldade. 

Por outro lado, jogos muito fáceis também é ruim, pois, quando as progressões se tornam simples, é normal que os colaboradores fiquem entediados e abandonem a atividade. 

#5 – Recompensa

O penúltimo elemento que não pode faltar em uma aplicação de gamificação corporativa é o sistema de recompensas. 

Todas as ações positivas e que contribuem para o desenvolvimento do usuário, devem receber recompensas. 

Já falamos em um outro post sobre isso, mas, vale lembrar que a recompensa precisa ser do interesse de quem está jogando, para gerar uma motivação extra. 

Caso contrário, o participante pode acabar perdendo o interesse de continuar jogando, sentindo que o tempo gasto ali não o está levando a nada. 

Além de uma premiação real, é importante que você ofereça outros tipos de recompensa, como: 

  • Ranking; 
  • Pontos; 
  • Feedback positivo imediato, a cada fase vencida. 

Independente da recompensa que você decidir utilizar na aplicação da gamificação, a maior preocupação precisa ser conseguir moldar o jogo, de uma forma que adequa a realidade da empresa e gere o desenvolvimento de novos hábitos aos colaboradores para atingir os objetivos. 

O que é Videogame? 

O Videogame, diferente da gamificação, foca, unicamente no entretenimento. Ou seja, a ideia é entreter as pessoas através de elementos, como: 

  • Ficção; 
  • Imaginação; 
  • Fantasia. 

Independentemente da qualidade desses jogos, todos têm o mesmo foco, entreter quem está jogando. Aqui, não se trata de estabelecer um juízo de valor em relação ao entretenimento, que tem seus próprios objetivos e valor social.  

O que é gamificação

Diante disso, é natural que os games tenham elementos diferentes da gamificação, que são:  

Mecânica: Envolve os procedimentos e as regras do jogo; 

Narrativa: Apresenta as sequências dos eventos; 

Estética: Está relacionado a aparência do jogo; 

Tecnologia: Os materiais de interação que vão envolver os jogos. 

O que diferencia gamificação x videogame? 

Anteriormente falamos de maneira breve sobre algumas das diferenças entre gamificação x videogame, mas, aqui, daremos uma atenção maior sobre eles, sobretudo em relação à gamificação corporativa. 

Apesar de terem elementos parecidos, o foco de cada um, como falamos anteriormente, varia muito de um para o outro. 

Entretenimento x Aprendizagem 

Enquanto que os games são feitos pensando em como entreter o máximo possível os usuários, sem ensinar nada definitivo a vida, a gamificação tem como foco o aprendizado. 

Assim, a gamificação corporativa usa as estratégias dos jogos, para poder motivar, engajar e desafiar as pessoas a melhorarem suas habilidades e aplicar dentro da organização. 

Tecnologia obrigatória x Sem necessidade 

Outra diferença importante entre eles é que a gamificação pode ou não ter o uso da tecnologia, para se aplicar. 

Já falamos aqui sobre algumas dinâmicas de grupo que incluem a gamificação e todas são feitas sem a tecnologia. 

Assim, o objetivo principal não é a estética, como é o game, mas sim, promover o desafio e com ele gerar aprendizados. 

Por outro lado, se a sua empresa deseja executar alguma estratégia de gamificação online, será necessário contratar uma equipe que possa executar esse serviço, para poder implantar todos os elementos que contribuem para o sucesso. 

Gamificação

Foco virtual x Foco realidade 

Outra diferença importante que podemos notar entre o videogame e a gamificação. 

Neste caso, o foco dos videogames é desenvolver habilidades para contribuir nas próximas fases do jogo. 

Por outro lado, a gamificação corporativa cria atividades que ajudam a desenvolver habilidades que poderão ser usadas no ambiente da organização. 

Ou seja, a ideia não é ensinar habilidades sem qualquer utilidade, mas, sim aplicar no contexto em que vivem, o que nos leva a outra diferença. 

Não contextualizado x Contextualizado 

Por fim, não poderíamos deixar de mencionar a contextualização do jogo, que é um fator determinante para a identificação da história. 

Enquanto que o game não foca em contextualizar o jogo com a realidade do jogador, a gamificação tem esse elemento como essencial. 

Em jogos de videogame, qualquer cenário que consiga atrair o usuário, mantendo-o jogando o máximo de tempo possível, é o suficiente. 

Por outro lado, em gamificação, é essencial que o usuário consiga ligar o jogo em que se é apresentado com a realidade. 

Somente desta maneira ele vai conseguir aplicar as habilidades que aprendeu no jogo com a realidade. 

E, somente contextualizando o jogo que ele vai conseguir entender como que as habilidades podem ser aplicadas diariamente. 

Tempo livre x Setores de aprendizagem

Por fim, não poderia deixar de mencionar onde ambos os jogos podem ser aplicados. 

Enquanto que os games são aproveitados somente em tempo livre, como uma maneira de passar o tempo e se divertir com os amigos, a gamificação é muito mais ampla, vejamos alguns desses setores: 

– Marketing: Diversas empresas se utilizam da gamificação para atrair novos clientes e fidelizá-lo. Assim, a cada compra realizada eles recebem pontos e que podem ser trocados depois por novos benefícios. É o caso de Mercado Livre e Shoppe. 

– Educação: Já que a gamificação tem como foco justamente o aprendizado, é claro que ela é aplicada na educação. Essa é uma ótima alternativa de tornar simples conteúdos complexos. 

– Treinamentos: Muitas vezes é preciso manter o colaborador focado e engajado para ensinar algo importante e que deverá ser aplicado na empresa. Para isso, a gamificação pode ajudá-lo. 

– Saúde: Focado tanto em pacientes quanto na equipe médica, a gamificação pode ajudar a melhorar a saúde dos pacientes, a tornar os médicos e enfermeiros mais assertivos, contribuir para os gestores determinar perfis de profissionais para cada setor, entre outras ações.

Gamificação corporativa 

Quando usar a gamificação corporativa? 

Por fim, é importante salientar o momento certo de você utilizar a gamificação corporativa. 

Não existe um momento certo ou errado e ele varia de acordo com as suas necessidades e a maneira de aplicar. 

Como mostramos acima, a gamificação pode ser utilizada em diversos setores e tem como objetivo ajudar os usuários a aprender melhor, a vender e outras ações. 

Portanto, é importante que seja determinado o objetivo da empresa e somente depois disso, realizado a aplicação. 

Quando usar a gamificação corporativa? 

A gamificação pode ser utilizada em diversos contextos e setores da empresa, variando sempre os objetivos da organização. 

Assim, se a empresa está buscando, por exemplo, melhorar a produtividade da equipe, ela pode aplicar o jogo de gamificação. 

Através dos elementos oferecidos é possível manter os colaboradores interessados e motivados a buscarem pela meta da organização. 

Por outro lado, se a empresa precisa desenvolver maneiras de treinar a equipe para que uma nova máquina, por exemplo, seja inserida na organização, é possível utilizar também a gamificação. 

Por fim, não poderia deixar de mencionar que a gamificação pode ser muito útil na hora de contratar um colaborador adequado para a função. 

Através de atividades lúdicas, é possível entender um pouco mais sobre a personalidade do colaborador e a partir disso, compreender se ele se encaixa nos valores da organização. 

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